Sessenta Murros no Rosto: A Dor que o Silêncio Não Pode Mais Calar
Ela levou sessenta murros no rosto. Sessenta. Uma contagem que grita o horror, o desprezo pela vida e o descontrole brutal de quem deveria proteger — ou, no mínimo, respeitar. O que leva um homem a espancar uma mulher com tamanha fúria? O nome disso é tentativa de feminicídio, mas por trás do ato há mais: uma patologia mental, uma alma doente, possivelmente tomada por traços graves de transtornos de personalidade, como o transtorno antissocial ou narcisista em grau severo, combinados com um padrão psíquico destrutivo e misógino.
Ninguém que esteja em equilíbrio emocional, com mínima capacidade empática, é capaz de agir com tamanha violência. Sessenta socos não são um impulso. São um projeto. Um roteiro cruel de dominação, humilhação e aniquilação.
É preciso compreender que esse tipo de agressor não está apenas cometendo um crime — ele está perpetuando um ciclo. E esse ciclo precisa ser interrompido com ação do Estado, da Justiça e da Saúde Mental. A internação psiquiátrica pode ser necessária em casos extremos, mas jamais deve substituir o encarceramento. Quem tenta matar uma mulher não pode conviver em sociedade. Deve ser retirado dela, tanto para proteger outras vidas quanto para, quem sabe, iniciar um processo de responsabilização e tratamento — sim, tratamento, mas privado da liberdade, pois o direito à vida da vítima sempre virá em primeiro lugar.
Essa mulher sobreviveu. Mas quantas não conseguem? Quantas morrem em silêncio, em casa, nas mãos de parceiros adoecidos, possessivos e perigosos? A resposta está na coragem de romper o ciclo, na denúncia, no acolhimento psicológico às vítimas, na vigilância social e na punição proporcional e exemplar aos agressores.
Sessenta murros no rosto não são apenas lesões físicas. São gritos de uma sociedade que ainda falha em proteger suas mulheres. Que esse caso seja um alerta, uma revolta e um marco. Porque amar não dói. O que dói é o silêncio, a omissão e a impunidade.
Sandro César Roberto
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