quarta-feira, 22 de janeiro de 2025


Vício em Jogos de Azar Virtuais: O Caso do "Jogo do Tigrinho" e Seus Impactos Psicológicos
O "jogo do tigrinho", um exemplo de jogo de azar virtual amplamente difundido, ilustra de forma preocupante como a busca por lucros rápidos e a manipulação psicológica podem aprisionar os indivíduos em um ciclo compulsivo. Esses jogos, projetados para parecerem inocentes e acessíveis, na realidade utilizam estratégias sofisticadas para explorar vulnerabilidades emocionais e comportamentais, levando muitos jogadores ao vício.
Na perspectiva psicológica, o "jogo do tigrinho" representa um sistema que estimula o cérebro por meio de recompensas intermitentes. Pequenos ganhos esporádicos mantêm o jogador engajado, reforçando a crença ilusória de que "o próximo giro" trará o grande prêmio. Essa técnica, conhecida como reforço variável, é uma das mais poderosas para gerar dependência, ativando o sistema de recompensa do cérebro e liberando dopamina, o neurotransmissor associado ao prazer e à motivação.
A ambientação colorida e os sons envolventes do "jogo do tigrinho" criam um ambiente de euforia que mascara os riscos reais. Muitos jogadores relatam a sensação de estar "a um passo de ganhar", o que os incentiva a continuar apostando, mesmo quando enfrentam perdas financeiras significativas. Essa dinâmica pode levar ao chamado efeito chasing, no qual a pessoa joga compulsivamente para tentar recuperar o que perdeu, aprofundando ainda mais o ciclo vicioso.

 Sandro César Roberto

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